quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Fragmentos de Oração" com todo gás: cena faz parte do "UFBAEMCENA"



Marco Kipman

No dia 07/07 será feita a apresentação de Fragmentos de Oração, dentro do projeto UFBAEMCENA. Havia duas vagas para cenas de toda a UFBA e uma foi nossa!
O evento será sediado no Centro Cultural da Barroquinha, dia 07/07, a partir das 17h.

Salamaleico!

Lista de Selecionados

Após um período intenso de inscrições e seleções, disponibilizamos a lista dos artistas que se apresentarão no palco do UFBAEMCENA ou irão expor os seus trabalhos para todo o público do evento. Agradecemos a todos pela participação e interesse em fazer parte deste projeto.

Segue abaixo a lista dos selecionados* para a
Mostra Universitária de Artes UFBAEMCENA:

Artes Cênicas:
Alan Miranda
Marco Kipman

Artes Plásticas:
Camila Ribeiro
Fernando Souza
Milena Oliveira
Vitória Régia

Audiovisual:
Marcus Curvelo

Dança:
Isa Sara Rego
Candice Didonet

Letras:
Denisson Guedes
Isbela Trigo
Alana Barros

Música:
Mahira Doumengeux

* Estudantes responsáveis pelos trabalhos inscritos que foram selecionados.

A Mostra Universitária de Artes UFBAEMCENA é um projeto formado por três pilares básicos: divulgação, integração e idealização profissional. Todos os que estão presentes na estruturação deste evento trabalham pelo anseio de alcançar estes mesmos propósitos: Divulgar a arte ou a produção da mesma através da integração das produções artísticas - elaboradas no meio acadêmico - com um público diversificado, para isso, buscamos idealizar e modelar o caminho profissional que deve ser seguido, a partir deste contato e destas relações de encontro que só experiências como esta podem incentivar. É através destes anseios que agradecemos a todos os inscritos e parabenizamos todos os selecionados.

Equipe de Produção UFBAEMCENA

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O tempo corre!!!

Hoje, duas das três cenas edificadas pelo artistas-estudantes foram apresentadas no vão livre do BI-UFBA. Valeu!!! Como disse nosso amigo Érico José: "Experimentem!!!"

O estudo de "A Morta" também continua. Hoje alguns objetos chegaram a cena , resultado da "mala de significados". Até agora são 25 minutos esboçados. O trabalho anda em seu tempo, sem pressa, dia após dia, descobertas.

Das experiências ficam a tranquilidade de vivenciarmos os PROCESSOS CRIATIVOS.
O PRODUTO é consequência, e esperamos que seja massa!!!

No nosso tempo, sem pressa!!!

Romeram, meu filho!!! Kd vc?? Olha seus atores em cena!!!! (Melhora logo que sábado tem ensaio!! rss)


"Fragmentos de Oração" para todos!! Espaço aberto é outra coisa, né?


O público do BI - Artes!!!


Há algo de semelhante entre elas???


Há algo de semelhante entre eles???


A transição, por Salete Saraiva


Este é o aspecto exterior do local onde o grupo está.


Centros urbanos, miragem entre o ontem e o agora e lembranças.


A Senhora Ministra adorava a cidade, o contexto urbano em que vivia.

Troncos nus, árvores sem frutos, corações mortos e insepultos.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Refletindo sobre o Ato de 4, por Salete Saraiva


Ficar em cartaz (isso mesmo, em cartaz!) no Ato de 4 foi para mim uma experiência marcante. Sabe aquela estudante que não se enxerga? Sou eu! Sempre me tiro como a “menos” da turma. É! É verdade! Podem me encher de elogios que não vou acreditar. Não é uma questão de autoestima, essa a tenho lá no alto, ainda bem! É perfeccionismo misturado com o pensamento de que estou atrasada devido à idade. Pois é. De repente, vejo-me inscrita, com o compromisso de dar o melhor de mim. Foi o que fiz. Pode não ter sido perfeito, mas foi o melhor que tinha para dar naquele momento.

A construção de Fídio veio-me por etapas. A mim me pareceu um parto; primeiro as dores, os alarmes falsos, estoura uma ideia, uma composição, isso serve, não serve.

Levantar a bíblia como se fosse o cálice consagrado. Será que todos perceberam o que eu quis mostrar?

E o beijo leve, macio, nos lábios da parceira? Foi um momento mágico. Queria que parecesse uma carícia, um parêntese de amor puro e verdadeiro como única dádiva concedida àqueles seres alienados.

Sei que Fídio e Lilbé continuarão repercutindo dentro de mim por muito tempo. Minhas reflexões me chegam de forma lenta e constante. E agora volto pra dentro de mim mesma.

Até mais! 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ensaio em São lázaro [Por Mirela]






trabalhos com renata (Marcus)





O Rádio Patrulha [Por Mirela]



Cambioo... cambiooo... 1, 2, testando!

É necessário que se ajuste a antena, que o comunicador funcione perfeitamente, que as transmissões entre ele e eu, sejam feitas da forma mais clara possível. Buscamos a sintonia. Ele e eu. O personagem e Mirela...


Lhe envio meus sinais e tento decifrar seus códigos.
Traduzo sua língua e misturo nossas informações.
Recebo sua essência e doo meu corpo, construímos sua forma.


O meu Rádio Patrulha, não será igual ao seu, muito menos ao dele, será MEU, de uma forma unica e latente.


Ele ouve, acima de tudo. Ele manifesta através das partituras/respostas, que chegam com o sopro de ventos e brisas do sombrio local desconhecido. Procuro entendê-lo, para fazê-lo.


Empresto e imponho meus pequenos dotes, e amplio nossa visão, nossa percepção e nossa ação...


Atrapalhado e centrado, ao mesmo tempo!


Ele é...


Eu sou...


Nós Somos!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Fim de Partida com Filtro": fotos do ensaio e material de divulgação.

No dia 04/06 a fotógrafa Izabella Valverde registrou o ensaio e capturou material para divulgação da cena.

Marco Kipman







Imagens de "A Morta"

Os trabalhos foram desenvolvidos nas aulas do componente curricular Artes Visuais I A, ministrado pela professora Renata, a pedido da professora Lilih Curi que está encenando o texto com a turma.

Marco Kipman


Policromia

Analogia

Complementares

Escala de cinza

Monocromia

domingo, 5 de junho de 2011

O FILHO DE VÁRIOS GENES


Grata surpresa esta de encontrar este coletivo.
Digo que é coletivo porque desde o primeiro dia de aula (no BI - Artes / UFBA)
estes aspirantes a atores, diretores e professores de teatro
já eram o que aspiravam, um grupo e forte!!!

No nosso primeiro encontro, em meio a boas vindas, se apresentaram: "Somos um grupo forte, professora!"
E pegou!!! rss

Desde lá o nosso processo artístico-pedagógico buscou ser pontual em fortalecer as habilidades destes indivíduos no coletivo, viabilizando o espaço da sala de aula para que eles pudessem experimentar a atuação, a direção e a condução direcionada de aulas.

Como pretexto para a prática passamos pela construção de três cenas de 10 minutos cada, dos autores Arrabal (Oração e Fando e Lis) e Beckett (Fim de Partida).

Marco e Romeran se aventuraram na direção.

Salete, Jessica, Marcus, Ágata, Romeran e Mirela, na atuação.

E Ágata, se revelando uma excelente preparadora corporal e coreógrafa.

E não termina por aí...

As três cenas fazem parte da programação do ATO DE 4 - da Escola de Teatro da UFBA.

E ainda...

Os 7 estarão em cena, sob minha direção, em um experimento que estamos fazendo com o último ato de "A Morta", de Oswald de Andrade.

É com prazer que divido neste blog este pequeno resumo do nosso processo criativo.

Obrigada Grupo Forte por me deixar mais forte!

Bjim
Lilih

PROCESSO DE COMPOSIÇÃO – “FANDO E LIS EM BUSCA DE TAR”


O diretor tem o papel importantíssimo na composição de cenas. O norte dado a toda movimentação, estética e poética normalmente parte desta cabeça pensante. Em “Fando e Lis em busca de Tar”, o direcionamento da ação contrapôs este modelo supracitado. A vertente adotada foi o processo colaborativo.

O engessamento da forma de fazer teatro com atores subordinados ao encenador traz uma dificuldade que é a de apenas um ser ficar responsável pela a arte. Esta verticalização torna tudo menos fluido e a monotonia vem como conseqüência, pois a diversão deve ser disponível a todos para que haja a dinâmica. No entanto, oposto aos pontos positivos, é o intérprete que espera um norteamento partindo da figura do compositor mor. “Afinal, se não houver um caminho a ser seguido como se efetivará o que é pensado?” O ator racionaliza. Diante das contradições de como encenar é que esta obra de Arrabal se deu.

Inicialmente tínhamos a disposição pouco tempo. A oportunidade de ensaio foi única, um dia antes da apresentação em sala. Com isso, como em um encontro fazer com que o jogo cênico aconteça, tendo um texto de grande complexidade, sem que o tédio chegasse aos espectadores? Marcus e ágata eram peças conhecidas, dominam a dança, então a improvisação corporal seria o ponto de partida. O que não era esperado era o rojão de perguntas que começaram a surgir. Desde ao que deveriam fazer em certos momentos até que tipo de ser que deveriam incorporar.

A minha inexperiência era latente. Não tinha conhecimento de como provocar para surgir a cena, e o pior, o texto não estava totalmente claro, nos escritos o que se percebia era uma relação de grande complexidade em que um personagem se subordinava ao outro. Apesar das dificuldades formamos uma célula primária. Apresentamos e a prática foi aceita. Posteriormente, Lilih entrou no circuito nos apresentando uma vertente de direção que iríamos descobrir como processo colaborativo.

A partir daí as coisas fluíram com mais intensidade. Os atores, então, trouxeram seus conhecimentos e da improvisação o texto começou a revelar entonações e variações de humor ainda não tão claras. O dinamismos ascende e as nuances esclarecem o que há entre “Fando e Lis”. O figurino, os objetos em cena, tudo que representassem esteticamente algo era discutido (nem todas às vezes democraticamente) e acordado como seria feito. Admito que a relação entre direção e elenco deve evoluir, pois não está ainda concisa. Aguardo este momento de interação utópico, onde os acordos e os debates tenham resultados unânimes entre todos.

        ROMERAN RIBEIRO

 


A receita de Fando [Por Marcus Lobo]

É chegado a hora de saborear o produto há tempos desejado. A poucas horas de entrar em cena pra contar um pequeno fragmento da história de “Fando e Lis”, arquitetada e escrita por Fernando Arrabal, eu já consigo sentir aquele friozinho na barriga que minha amiga de cena Ágata Matos se refere em seu ultimo poste aqui no blog.
 Hoje no ensaio geral eu parei pra analisar minha trajetória até aqui. Como foi coletar, paciência, atenção, força, e desapego, ingredientes necessários para minha receita dar certo... Foi um processo tenso e intenso, eu não conseguia ver em mim a força que emanavam das pernas de Fando, não havia em mim sua brutalidade natural, muito menos seus desejos sexuais se encontravam em meu corpo, mas eu lembrei de uma frase que Lilih Curi falou em um dos ensaios: “ Você não é Fando, também não quero que você apenas reproduza o texto e cumpra suas marcações. Viva essa energia que não é sua, deixe seu corpo reagir, obedeça o que ele pede, se jogue na ação.” Ela não usou essas palavras mas seus ensinamentos reverberaram em minha mente e  eu me joguei.
 Já estava com os ingredientes em mãos, so precisava mistura-los. Foi o que fiz durante esse mês de ensaios e discursões, ao meu lado tive uma direção muito amiga, Romeran Ribeiro tentava conter minha mania de grandeza, meu descontrole vocal e minhas afobação, do outro lado tive a paciente e agradável Ágata Matos que me ajudou a ter força e controlar meus impulsos, [risos] ela suportou muitos chutes e apertões... Tadinha!! Ao nosso redor tivemos os amigos do Grupo forte, que colocaram as mãos junto conosco na batedeira para produzir esse maná que depois de aquecido se mostra pronto para a degustação.
Me vejo amadurecido nessa experiência, me vejo crescendo num caminho que não é só meu, é do coletivo, cada amigo do grupo forte me deu um pouco de sua energia para criar um novo Fando, com minha força, minha energia sexual, e minha brutalidade, eu redescobrir um Fando dentro de mim. Eu percebi que, se jogar à ação te da mas verdade na cena, te deixa mais a vontade para brincar com esse personagem que te foi confiado, se jogar na ação te faz aprender a ter força e a confiar em você mesmo. Por que assim eu descobrir que eu posso ser Fando, e posso ser quem mais eu quiser...